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Traição atraente

Foi uma historia diferente.

Eu e a Manuela morávamos juntas a dois anos e a Lília era uma grande amiga dela.

Sempre nos demos muito bem embora nos sentíssemos atraídas uma pela outra.Tudo bem,acontecia, e eu encarava isso como algo possível de ser contornado e controlado. Mas era difícil permanecer ao seu lado tranquilamente. Todo o tempo tive que lutar contra esse tesão, desejo,seja lá o que fosse, para não trair a Manuela.

E eu sabia que a recíproca era verdadeira.Ela me olhava como nenhuma outra mulher. Nem mesmo como a Manu. Era preciso tirar os olhos dos olhos dela para não me hipnotizar.Aqueles olhos verdes claros lindos,límpidos.Era realmente uma mulher muito bonita.Por onde passava chamava a atenção de todos.Estonteante,tinha sido modelo por um tempo mas agora trabalhava como fotógrafa em um cruzeiro que fazia a rota pela polinésia francesa e Caribe.Vivia mais em alto mar do que em terra firme. Eu agradecia por isso.Temia o que poderia acontecer caso ela estivesse mais tempo por perto.

Uma vez ,num acampamento que fizemos a beira de um rio,sentadas ao redor de uma fogueira,ela contou sobre a lenda da Iara,uma sereia que seduzia os pescadores até que eles fossem ao seu encontro numa pedra no fundo do rio e então morressem afogados. Ao terminar a lenda olhou para mim fixamente,como que quisesse dizer algo.

“Hipnotizava”, “seduzia”, “atraía”. Essas palavras martelaram em minha cabeça enquanto eu me perdia naquela boca linda,carnuda,rosada.

Ela era como a Iara e eu sabia disso Não conseguia parar em uma pessoa. Gostava mesmo de seduzir e afogar no seu prazer todas as meninas que se encantavam por ela.E isso era freqüente.

Eu sentia medo,mas ao mesmo tempo tinha vontade de chegar mais perto.

Apesar de sua amizade por Manuela eu sabia que ela era uma mulher sem limites,livre,ousada.

Lília,dos olhos verdes,boca rosada e cabelos negros.Uma tentação de tão linda. Inteligente,sexy,espirituosa,sedutora,encantadora.

Lília,da risada alta, da pele desenhada por infinitas tatuagens colorida.Mais parecia um gibi humano.

Lília,da sensualidade que transpirava por seus poros,das unhas e boca vermelhas,dos brincos grandes,da pele alva , das coxas grossas e peitos fartos.

Eu precisava me manter distante da Iara.

A Manu de nada desconfiava. Por bem dizer a verdade ela até tinha um desejo não realizado pela Lília.Desejo esse que me foi confessado numa noite enquanto ela estava bêbada e me disse que sempre teve tesão por ela mas que a recíproca não era verdadeira.

Engoli seco,fingi ciúmes.Na verdade os ciúmes não eram dela. E isso atormentava meus pensamentos.

Depois de um tempo a Lília me adicionou no msn e eu fiz de tudo para não passar mais que dez minutos ali,jogando conversa fora.Até que a Manuela viajou um fim de semana a trabalho e eu não pude dizer não ao seu pedido safado,ousado e descarado:

-“Ah não, você sempre me ignora. Por que não fica só um pouquinho no msn comigo?O que você tem para fazer agora que você realmente queira mais do que ficar aqui comigo?”

Meu coração acelerou. Ela estava certa e eu não pude mentir mais para mim: nada ,naquele momento,me era mais tentador do que ficar ali com ela. E eu fiquei.

E os minutos voaram e viraram horas. A internet ficou pouco,ela me telefonou. Primeiro conversas bobas,amenidades para disfarçar o nervosismo e a culpa. Depois sorrisos gostosos de ouvir,confissões, cumplicidade no medo.

Falávamos sobre música,teatro,viagens,arte,livros e projetos. Horas e mais horas se passaram sem que eu notasse. Anoiteceu e ainda estávamos ali.

A Manu ligou no meu celular reclamando que o telefone de casa estava ocupado e, por um instante, voltei à realidade e me senti muito mal. Não podíamos continuar com aquilo.O desfecho saberíamos como seria.E , definitivamente,não seria justo nem correto com nenhuma das três.

Aproveitei a oportunidade para dizer que precisava ir.

-“Acho que está na hora, não é? Preciso organizar umas coisas por aqui ainda,fazer o meu jantar…”

Ela suspirou do outro lado,sedutora:

-” Por que você não vem aqui em casa conhecer o meu estúdio fotográfico?”

Uma longa pausa.

-“Lília, eu não sei se seria uma boa idéia…eu…realmente não sei se devo ir…”

-” O que o seu coração diz para você fazer?”

-“Nem sempre devemos seguir nossos impulsos,linda…”

-“A vida é curta,Mariana!Amanhã eu posso estar morta e você vai morrer de arrependimento…”, riu.

-“Credo,Lília, você é doida mesmo! Vira essa boca para lá,criatura…”

Uma breve pausa.

Gargalhadas.

-“Eu nunca disse que não era maluca.Vem para cá, te mostro meu Studio! Vem,vem!”

Meu coração acelerou ainda mais,as mãos suaram…

Ela não desistia:

“-Carpe Diem! Já ouviu falar?! Eu não traio…”, disse séria.

Parei sem enxergar conexão sensata entre sua declaração e sua insistência mas antes de questioná-la obtive a resposta:

-“Não traio a mim, aos meus desejos, à minha carne e coração. A vida pode ser um drama ou um carnaval.O que você prefere?”

Pensei rapidamente.Eu tinha duas opções. Ou dizia NÃO e passaria o resto da noite me masturbando pensando nela e semanas seguidas também e trairia em pensamento diariamente ou acabava de vez com esse sufoco e ia ao seu encontro exorcizar meu fantasma e enfrentar os olhos da Iara.

-“Se eu escolher o carnaval, tem máscara por aí?”, sorri.

E foi assim que dei o passo para uma traição.Atraente.

Toquei na campanhia e ela abriu a porta. Seu olhar de tão profundo era desconcertante.

Mordi os lábios, pensando seriamente no que estava prestes a fazer, olhando fixamente para ela, que segurou na minha mão sorrindo e me puxou com velocidade para dentro de sua casa,fechou a porta e me encostou na parede,rendida.

Olhos nos olhos,Joe Cocker cantava “You can leave your hat on” no som e as velas de morango deixavam um cheiro maravilhoso pelo ar.Tudo planejado.Ela deixou o lugar a minha espera.

Mais uma vez respirei fundo.Sua boca nunca esteve tão perto da minha. Questão de centímetros de distancia. Coração acelerado, mãos suadas,suor no corpo todo.

Ainda olhos nos olhos.Medo.Receio.

-“Li,eu não sei se…”

Antes de concluir meu pensamento ela atacou a minha boca com um beijo incrivelmente delicioso,como se fosse entrar em mim, como uma loba ataca uma presa.

Me tirou o resto do fôlego , jogou o corpo em cima do meu,me enlaçou pela cintura, desceu a boca por meu pescoço até os ombros,como uma loba faminta…

Senti minha boceta pulsar. Com ela era incrível!

-“sshh,aiii Liii, que é isso?!”

Subiu novamente até a altura dos meus olhos e pôs aqueles olhos verdes,imensos e rasos nos meus.

-“Me diz agora o que você ia me dizer.Diz que eu juro que paro aqui e te deixo ir…”

Filha da puta! Era mesmo como a Iara e àquela altura eu já estava presa por sua graça.

E como era gostoso,confesso!

-“Cadê o estúdio que você ia me mostrar?”

-“Vem cá”,me puxou novamente pela mão.

-“Viu??”

Ela tinha deixado o Studio preparado. Segurou a câmera e me pediu que caminhasse um pouco mais para atrás, de forma que a luz que saia pelas arestas da luminária de palha e bambu contornasse o meu corpo e mostrasse minha silhueta por dentro do vestido de cetim branco.

-“Fique imóvel,não dê sequer um passo.Eu quero justamente essa luz atravessando você”.

Caminhou em minha direção,pôs a mão direita abaixo do meu queijo ajeitando a altura do meu rosto de acordo com a luz. Tirou um fio de cabelo que escorria no meu rosto e parou na minha frente:

-“Você é muito bonita,sabia?”,disse bem séria observando cada traço do meu rosto.

Era delicadeza emergindo de tanto tesão que causavam uma sensação estranha e excitante. Ela era muito envolvente,tinha um cheiro de perfume maravilhoso.Ainda mais de perto.

Sorri com o canto da boca e permaneci imóvel,deixando com que ela me ajeitasse para as fotos.

Posicionou a câmera novamente,chegou perto de mim e se ajoelhou em minha frente:

-“Quero que você se incline um pouco para frente e se apóie em suas coxas”,pediu.

Como era gostosa aquela sensação de ser observada e fotografada.

Eu estava adorando a brincadeira.

Passei as mãos levemente por cima do cetim do vestido e levantei um pouco mais até deixar minhas duas coxas quase todas à mostra. Permaneci olhando,hipnotizada, aquela mulher linda, de calça jeans e camiseta branca,com a câmera nas mãos.

Entre um clique e outro fui perdendo a timidez, como se já estivesse acostumada à situação por anos.

E ela continuava me orientando e fazendo as fotos em meio a nossa brincadeira.

-“Ótimo. Agora vire um pouco para o lado e incline o corpo para frente até a alcinha do vestido cair…”

-” Danada! “, sorri,obedecendo.

– ” A vida é uma arte,meu bem!”, falou excitada com os olhos brilhando.

A alça caiu suavemente pelos meus ombros,deixando parte do meu colo de fora.

Ela parou por um segundo,me observando:

-“Seus seios parecem ser deliciosos,sabia?

Mordi a boca.Aquilo estava ficando gostoso demais.

-“Você acha? Por que não faz uma foto deles?”

Surpresa ela levantou a sobrancelha direita:

-“Era justamente o que eu ia te propor. Nu artístico.Que tal?”

-“Só se você me der o cd com as fotos depois…”

-“Então deixa o vestido cair…”

Para cada resposta que eu dava ela tinha uma pronta.

A outra alça caiu e meus seios pularam para fora me deixando um pouco desconcentrada. Respirei fundo e voltei a me concentrar na pose com as mãos sobre as coxas.Ela me olhou lentamente,como quem decorasse minhas curvas.

-“Agora ande um pouco para atrás e vire de costas,por favor. Quero pegar a luz em suas costas e nuca.Quero ver sua bunda…”

Apenas de calcinha me virei de costas para ela.

“-Isso,contra a luz. Vejo suas curvas contornadas pela sombra que fez.Adoro seus quadris largos e sua cinturinha,sabia?”

E entre um click e outro seguiram as confissões.

Segurei os cabelos para cima,de costas,deixando cair uns fios por minha nuca.

Estava louca para que ela deixasse a câmera de lado e viesse me comer, mas estava adorando aquela brincadeira,aquele jogo de sedução em meio a um ensaio de nu artístico improvisado.

-“Pronto.Agora tira essa calcinha e fica apenas de salto para mim?”

Ela me consumia devagar com aquele jeito safado e livre de ser.

Tirei a calcinha devagar,provocando-a e me virei de frente para ela.

-“Sou uma menina obediente…”,pisquei os olhos.

-“Nossa, que corpo lindo! Que boceta LINDA que você tem!Preciso fazer umas fotos de você ali sentada no sofá…”

Me aproximei do sofá coberto por um tecido persa, colorido com tons dourados e vinho,apenas de salto alto.Abri as pernas lentamente para ela me olhar melhor.

Ela tirou a camiseta,entrando na brincadeira, e deixou os seios de fora,permanecendo de calça jeans.

-“Você tem os peitos lindos. Por que não tira toda a roupa e se mostra para mim também? O jogo tem as mesmas regras para as duas. Eu quero ver todas as tatuagens que você esconde do mundo…”,brinquei.

-“Será a primeira vez que fotografarei completamente nua.Mérito seu,hein?”

Ficou nua em pêlo para mim. Seu corpo era um mistério encoberto pelas tatuagens coloridas que faziam dela uma mulher mais livre ainda.Tinha as coxas torneadas,os músculos dos braços aparentes,uma barriguinha gostosa de pegar e os pêlos escuros e lisinhos,depilada cuidadosamente. Uma tornozeleria no pé, junto com um anel de dedo de pé.E muitas tatuagens por todos os lados,inclusive o símbolo de duas mulheres que se amam tatuado na virilha.

A essa altura já tinha me esquecido do que antes me deixava aflita.

Aquele ar bucólico- artístico -sensual- incrível, intenso e excitante, me invadira.

Lília, nua,linda,gostosa,com a boca pintada de vermelho sangue,borrada pelo beijo que me dera,me fotografando.Uma cena inesquecível.

Com o olhar fixo no dela fui me deitando no sofá, delicadamente, com as pernas abertas, a mostrar minha boceta já úmida, sem pêlos.

-“Shhhhhh, nossa, que delícia te ver assim.Você é sacana,hein?”

Sorri .

-“Você gosta?”

-“Desse jeito nem consigo me concentrar. Já estou pulsando aqui por você. Que cena linda!Nossa..”

Sentei lentamente no sofá e abri as pernas deixando minha boceta carnuda toda exposta para ela , depois inclinei meu corpo um pouco mais para frente, ficando ainda mais aberta, pus as duas mãos na cabeça e perguntei se estava bom.

Ela me fotografou mais uma vez.

-“Você está um tesão.Mais linda impossível.Parece que já nasceu fazendo nu artístico!”, risos.

-“É uma sensação diferente…”

-“Diferente como?Elucide.”

-“Diferente no sentido de ser excitante saber que você me deseja enquanto me fotografa…”

Ela olhou nos meus olhos sem piscar.Respirei fundo.

-“Você sabe que é linda e que não é fácil te fotografar com seriedade assim,nua, em minha frente,né?”

Pisquei os olhos.

-“Então por que não deixamos esse ensaio para depois e você vem aqui agora?”,sugeri.

Ela sorriu e deixou a câmera numa mesinha ao lado. Veio nua,em minha direção.Linda, aqueles seios rijos,enormes,com um formato belíssimo,um colo cheio de sardas, a boca carnuda,vermelha,os olhos verdes brilhantes…

Nunca vou esquecer daquela cena: eu, nua, deitada no sofá persa,com as pernas abertas para ela, molinha, diante daquela mulher linda,cheirosa,macia e safada, que vinha em minha direção como uma loba.

( CONTINUA…)

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