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Minha sexualidade não é motivo de piada…

Sou uma besha midiática… Isso é um fato. Adoro estar antenada com essa coisa de comunicação. Aliás, estou pensando seriamente em me aventurar numa outra graduação, agora voltada para a comunicação. Jornalismo, talvez. Enfim…  O fato é que adoro TV, rádio, internet. Adoro também teatro, cinema… Enfim, sou a típica gay geminiana e, como dizia Chacrinha: quem não se comunica, se trumbica!!!
 
Confesso que, de todos os meios de comunicação, o que menos uso é a televisão. Isso por dois motivos bem simples: a programação é realmente bem pobre e pouco original e, o segundo motivo é que, tudo o que tem de mais interessante (porque, as vezes aparece alguma coisa interessante), enfim, tudo o que tem babadeiro na televisão, inevitavelmente vai parar no youtube. Então, a televisão tem se tornado obsoleta, em alguns casos… Ainda assim, acho que o “fazer televisão” é algo mágico e por isso ainda tenho certa admiração por este meio.
 
Internet, hoje, sem dúvidas, é meu principal canal de acesso ao mundo – sobretudo por sua diversidade de informações e contatos que são possíveis graças à grande rede mundial… Ou os simples WWW (world wide web). Mas vejo televisão; leio revistas, jornais e livros e ouço rádio, principalmente indo e voltando. Aliás, benditos fones de ouvido!!! São meus guardiões e protetores de assuntos “no sense” que são freqüentemente discutidos em transportes públicos. Isto pra não dizer nada sobre aquelas antas ruminantes que acreditam que são o máximo, ouvindo funks e afins de seus celulares.
 
Dia desses, indo trabalhar, passando de uma rádio para outra, à procura de uma música que me agradasse, parei em um programa de humor. Nem vou entrar no mérito de dizer se o programa é bom ou não… O fato é que não é a primeira vez que os locutores fazem piadas, xoxando um ao outro, usando termos como “vou por em você”, “fulano senta”, “fulano é meio estranho” – se referindo à alguém que seja homossexual ou tenha trejeitos que eles considerem típicos de homossexuais.
 
Uma coisa é fato: o humor nasce das situações onde temos problemas, ou seja, com coisas que são ainda tabus (em maior ou menor grau), ou ainda, com grupos e situações minoritárias. Taí as piadas com portugueses, mulheres (loiras, então…), negros, judeus que não me deixa mentir. Aliás, nunca ouvi uma piada de um loiro burro, ou de um caucasiano, por exemplo… Será que para que uma maioria ria, é preciso tripudiar sobre a característica de um grupo minoritário???
 
Que fique bem claro que não sou uma guardiã do politicamente correto… Até porque, o discurso politicamente correto pode ser até muito mais perverso e preconceituoso.
 
Mas sabe o que é??? É que, de verdade, estou bem cheia destes dementes que usam minha sexualidade, ou melhor, minha homossexualidade para ofender, denegrir ou menosprezar alguém, mesmo que numa brincadeira.
 
Deste jeito, o que era pra ser engraçado, não passa de patético…
 
Tá dado o recado…
 
Beijo, beijo, beijo… Fui…

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