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Jovem gay perseguidos por religiosos tem asilo reprovado na Áustria por não ser afeminado

Quando se fala em preconceito contra homossexuais, a primeira coisa que vem à mente são os afeminados que, justamente por demonstrarem nos trejeitos sua orientação sexual, tendem a ser vítimas de humilhação e violência, por causa do preconceito e da intolerância.

A ordem “natural” das coisas seguiu caminhou contrário na vida de um jovem gay afegão que deixou seu país de origem em 2016 e buscou asilo na Áustria, após ser vítima de perseguição dentre de sua comunidade, uma vez que no Afeganistão a homossexualidade não é permitida e aqueles que forem pegos em atos homoafetivos estão passíveis a punições previstas na lei da Sharia – a mesma que vira e mexe açoita em praça pública homens homossexuais ou suspeitos de serem homossexuais na Indonésia.

Fato é que para as autoridades austríacas o homem não “agia” ou se “vestia” com um gay e por isso não é gay.

“A maneira como você anda, age e se veste não mostra nem de longe que você pode ser homossexual”, apontou um funcionário do governo da Áustria, de acordo com reportagem da agência de notícias alemã Deutsche Welle.

O rapaz chegou ao país europeu em 2016, alegando em um primeiro momento ser de etnia hazara, que é considerada inferior e, portanto, perseguida por afegãos de maioria sunita. Tempos depois, ele apelou para permanecer no país tendo em vista sua homossexualidade que não é benquista no Afeganistão.

Além da falta de trejeitos, os funcionários responsáveis por conceder asilo a refugiados apontaram postura agressiva do jovem que “não seria [o comportamento] esperando de um homossexual”.

Por fim, quando questionado sobre com que idade ele se descobriu gay, o rapaz disse que aos 12 anos, o que mais uma vez foi contestado e considerado “bastante cedo” e improvável porque o Afeganistão é uma sociedade “onde não há estímulo sexual público por meio de moda e propaganda”.

O Ministério do Interior da Áustria se negou a comentar o caso, mas admitiu que os funcionários da pasta costumam tomar decisões baseado nas “impressões individuais” dos requerentes a asilo.

 

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