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Fabricantes de brinquedos se livram do cor-de-rosa para atrair meninos às panelinhas

Nos últimos anos, o mercado de brinquedos vem se reinventando e se adaptando às novas tendências do público consumidor: brinquedos para todas as crianças, independentemente do gênero. E para deixar de vez as rusgas que possam existir decorrentes da dicotomia rosa para meninas e azul para meninos, os fabricantes estão substituindo o cor-de-rosa com outras cores “neutras”, a fim de atrair meninos para brinquedos outrora considerados femininos, como itens de cozinha, por exemplo. Essa tendência de “apagar o gênero” também tem agradado aos pais que querem educar seus filhos a aprenderem serviços caseiros, para que, desse modo, cresçam e se tornem homens capazes de ajudar suas esposas, afirma empresários do ramo. Para bem longe da questão de influenciar na sexualidade da criança, essa é uma realidade que veio para ficar e pode ser uma alternativa para pôr fim ao preconceito decorrente de orientações sexuais, extinguir a sexualização das profissões e, tão importante quanto, auxiliar na equidade de gênero. “As mães começaram a mudar o hábito, dizem que querem ensinar o filho a cozinha para ser independente quando morar sozinho, para ser um bom marido. Elas falam que é para ter mais igualdade no casamento. Nunca pensamos que poderia ser lúdico assim”, diz Renato Pereira, diretor da Zuca Toys. Atualmente, a Zuca Toys oferece kits de cafeteria, utensílios para lavar louça, passar roupa, jogos de panelinha e outros itens, em jogos ou avulsos, tanto em rosa quanto em outras opções, principalmente em vermelho. Em três anos, Pereiro afirmou que os kits neutros já respondem por 20% das vendas. “A gente começou a escutar o mercado. Desses 20% eu não sei quanto é para menino ou para meninas. Mas acho que esses 20% mostram uma demanda que estava reprimida”, conta. Além de pedidos motivados pela igualdade de gênero, Pereira cita outra tendência que abriu as portas para brinquedos de casinha voltados para meninos: a moda gourmet. “Em 2017 lançamos nossa linha chef, não é só para atender meninos e meninas, é também por causa da moda gourmet e dos programas de gastronomia”, explicou ele, fazendo referência ao sucesso dos realities shows culinários que têm feito bastantes sucessos nas emissoras brasileiras. Ainda de acordo com outros empresários do ramo de brinquedos, além da questão da extinção da distinção de gêneros em brinquedos, artigos relacionados ao empoderamento feminino, como bonecas super-heroínas, ao invés de princesas, tem feito bastante sucesso de venda e vem nessa pegada de maior equidade de gênero. Outro artigo que tem chamado a atenção também é referente à questão racial, embora ainda em uma minoria quando comparada aos produtos que visa acaba com distinção de gênero. Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), em 2017 quase 20% de todos os brinquedos vendidos pelo setor se encaixavam na categoria “bonecas e bonecos em geral e seus acessórios”, seguido dos “carrinhos, motos e pistas” e dos brinquedo esportivos. Sobre bonecas e bonecos negros, Andrea Ghiraldi, da Anjo Brinquedos, explica que fazer o mesmo modelo de boneca nas versões com pele clara e escura exige dois equipamentos de mistura dos ingredientes. O processo, revela, não causa prejuízo às empresa, entretanto, falta demanda por esse produto, por isso brinquedos na cor clara ainda são maioria nas prateleiras. Com informações do G1

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