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Após ataques, São Paulo ganha campanha contra a homofobia

Nas duas últimas semanas, a região dos Jardins, em São Paulo, foi palco de dois ataques homofóbicos com características parecidas: ambos aconteceram por volta das 5h e os agressores estavam em grupo – pelas descrições das testemunhas, tratam-se de skinheads. O mais recente aconteceu no último dia 27 na esquina da rua Peixoto Gomide, ao lado da boate A Lôca, ponto de forte frequência gay.

A reportagem de A Capa conversou com Franco Reinaudo, da Cads (Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual), da Prefeitura de São Paulo), que revelou que o órgão está em uma ação conjunta com a Polícia Militar. Sobre as ações para conter o avanço da homofobia, Reinaudo disse que a recém-formada Frente Paulista Contra a Homofobia lançou neste domingo (30) a campanha "Sampa Contra a Homofobia".

De acordo com o coordenador, a primeira intervenção será na abertura do Carnaval, que acontece no dia 26 de fevereiro. Serão distribuídos materiais contra a homofobia com dicas de segurança para o público. "A nossa intenção é fazer uma forte campanha juntando poder público e sociedade civil", declarou o coordenador. Reinaudo disse também que a campanha fará incursões nos blocos gays do Fuxico e do Redondo.

Sobre a questão da segurança durante a madrugada, Reinaudo disse que já houve reforço da Polícia Militar, mas, segundo ele, esses ataques são "emboscadas" e que, às vezes, a polícia não consegue estar presente. "Com alguns resultados do Mapa da Homofobia, pudermos constatar que esses ataques sempre acontecem por volta das 4h/5h e são emboscadas em ruas desertas. Os agressores costumam ficar esperando e é sempre igual: andam em bando e atacam pelas costas."

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